O RESGATE
Beatriz ainda estava atordoada. Não sabia como fora parar naquele lugar. Tudo muito rápido. Aqueles tipos que estavam com ela eram muito estranhos e deixavam-na mais nervosa,entretanto não fosse o choro da garota que parecia desmanchar-se em lágrimas a ponto de irritar aquele homem que permanecera de guarda à porta, não teria sido possível escaparem. Fugiram com a mesma rapidez com que foram pegos na lotação. Parece que havia uma combinação entre elas: a garota a chorar, aquele cara maltrapilho que parecia nada ter a perder jogando-se sobre ele sem preocupar-se com a arma , o professor - sim devia ser um professor, fala correta, metódico, sisudo, mal humorado melhor dizendo-a desarmá-lo e dominá-lo de imediato. A senhora que ficava no canto da sala foi ajudada pela outra senhora alegre, com sotaque carioca e pela outra que disse ter nome de flor e que eu não lembro qual. Saímos o mais rápido possível daquele sítio onde estávamos confinados a dois dias , aproveitando o momento que os outros dois seqüestradores iam verificar o local para o resgate.
Logo que saí da sala fui direto no carro que vi estacionado à sombra de uma árvore, na lateral da casa e que eles nem tiveram o cuidado de manter escondido já que a casa ficava distante da estrada. Vi que a chave estava na ignição. Entrei, gritei para todos entrarem imediatamente enquanto o mendigo terminava de amarrar o seqüestrador e o professor ligava para a polícia.
domingo, 28 de outubro de 2007
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