Beatriz levantou da cama.
Seus passos eram decididos. Antenor não estava mais no quarto.
Abriu as janelas para o sol penetrar no aposento. Desceu. Foi até a cozinha.
Antenor lá estava a arrumar a mesa para o café.
Olharam-se.
Beatriz pediu-lhe que sentasse para conversarem. Ela, então, começou a falar-lhe de tudo que sentia, da sua insatisfação das dúvidas que a acometiam, da vontade de mudar de vida. Disse-lhe não se sentir feliz. Ele respondeu que já percebera há muito tempo.
Assegurou-lhe já ter tomado uma decisão, pois era necessário saber por que as coisas não andavam bem a ponto de ambos sentirem-se infelizes.
Falou que decidira experimentar viver de um modo diferente daquele vivera até agora, isto é, sem sua proteção. Queria trabalhar e saber se conseguiria sobreviver como toda a pessoa normal, ou pelo menos grande parte delas. Pediu-lhe que entendesse tal posição, que não interferisse, pois poderia ser melhor para os dois. Se necessário fosse sairia de casa e completou dizendo que iria procurar ajuda terapêutica. Não estava buscando outra coisa, senão conhecer-se melhor e contava com a compreensão dele.
Antenor respondeu-lhe que sentia que a partir desta decisão, qualquer previsão do futuro seria uma tolice. Assegurou-lhe que aguardaria. Talvez muitas mudanças ocorressem, inclusive com ele.
Publicado no site: www.usinadaspalavras.com
Data:2007.08.14
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
A HORA DA DECISÃO
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