sábado, 29 de setembro de 2007

NOITE DE PANDORA



-Posso ajudá-la em alguma tarefa?

-Antenor pergunta à porta da sala de jantar.

-Obrigado.Ajude-me com as flores para dar um último retoque na mesa.

Beatriz já arrumada com um vestido que sabia que lhe assentava e que Antenor gostava.

Antenor alcança-lhe as flores.

_Qual motivo de tanto cuidado?

_Resolvi fazer-lhe uma surpresa. Quem sabe podemos relembrar os velhos tempos. Jantar a dois, luz de velas, música suave, um bom vinho...

Beatriz coloca as flores no lugar desejado ao mesmo tempo que lança um olhar cúmplice para Antenor e estende a mão para acariciar seu rosto levemente.

_Não vou decepcioná-la. Já que está arrumada para uma ocasião especial, farei o mesmo.

Ao mesmo tempo em que falava, Antenor subia a escada em direção ao quarto para trocar-se rapidamente .

_Beatriz concordou com um aceno de cabeça.

Trouxe o vinho e aguardou, imaginando que aquela noite poderia se revelar uma surpresa, afinal, estava apenas começando.

Poderiam ser revividos momentos bons, como poderiam surgir coisas inesperadas, como se fosse a noite de Pandora.

Como tal, restava a esperança.

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